I'm Twitting

    follow me on Twitter

    quarta-feira, janeiro 25, 2006

    Sempre fugindo, com medo de perder o que esta perdido....


    medo, as vezes sinto-o. Aproxima-se sorrateiramente e toca-me o ombro, sopra-me palavras ao ouvido.
    As suas formas, sao varias. Mas ja nenhuma me é desconhecida...

    ...nao depois de hoje...

    Nao depois de o ter sentido a olhar-me, com aqueles olhos de sangue, como quem nao come ha mto tempo, demasiado tempo. Nada disse, mas eu sabia o que desejava, era algo que so eu tenho, algo q tenho guardado ha longos anos e que por isso mesmo pensava ja ninguem se lembrava de tal coisa.

    no meu pensamento uma coisa so. Que tu, na tua fome de seculos, tinhas sentido o q eu tenho, e vinhas agora tirar-me isso, mesmo sabendo que eu nao to daria sem luta, e que mesmo a saberes da sua importancia, da necessidade de alguem o guardar, vinhas para o consumir.

    Nao posso dizer com certeza o que se passou de seguida, é como e parte da minha memoria tivesse desaparecido, ou como se parte da minha vida nunca tivesse acontecido, mas sei que dei por mim a fugir, fugia de ti, da tua fome, do teu desejo, mas tambem - e isso assustou-me - fugia de mim, pois apesar de nao desejar dar-te o que vinhas buscar, o preço oferecido por ti aliciava-me, e isso fazia-me receoso...tto quanto me dava repulsa- como podia eu pensar tal coisa?

    nao, eu nao estava disposto a abdicar disso q tinha feito sempre parte de mim, mesmo que isso significasse que tudo o resto ficasse mais facil, mais rapido, mais simples, melhor.

    No entanto, nao era so por isso que fugia, era tambem porque aquilo que tu querias dizia-me tambem que eu era capaz - estranho, não é? Fugia sem saber o porquê, mas ao mesmo tempo sabia que tinha de fugir, e que seria bem sucedido, mesmo com todas as incertezas que tinha na minha frente.

    Hoje sei que escapei. Aqui sentado neste banco, sei que mantenho isso que tu tanto desejavas comigo. No entanto, sei que nao te derrotei, e sei que podes voltar a qualquer momento...
    ...sem aviso...
    por isso, mantenho-me atento.

    Nao mais quero sentir o teu bafo perto de mim, nem o toque frio das tuas garras na minha pele. Toque esse que vou recordar sempre, pois ainda trago o frio comigo, um frio que me acompanha sempre, e que me recorda a presença dessas promessas segredadas ao ouvida, essas promessas que sei, ainda mantens. basta eu querer...

    mas ainda é meu, e vai ser sempre! nao o largo...Nunca!

    1 comentário:

    Anónimo disse...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.